quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lâmpadas LED, mais luz do que calor

Quando trocamos uma lâmpada que acaba de queimar, precisamos esperar um pouco para que ela esfrie sob pena de assar a ponta dos dedos. Em tempos atuais, é estranho que ainda tenhamos essas pequeninas termoelétricas em nosso teto, em vez de pontos de luz fria. Lembro-me, porém, que, quando criança, isso era encarado como absolutamente normal a ponto de meu pai aproveitar as lâmpadas de tungstênio acesas para aquecer pintos recém-nascidos, dando-lhes conforto para enfrentar os primeiros dias fora da mãe chocadeira.

A lâmpada, esse fantástico invento revolucionário de Thomas Edison, permanece útil e com praticamente o mesmo formato dado pelo seu criador, há mais de um século. Mas, convenhamos, aquele filamentosinho aquecido no vácuo do bulbo transparente esnoba desperdício, na proporção absurda de 9 para 1. Ou seja, apenas 10% da energia gasta transforma-se na luz que usamos quando o interruptor é acionado; o restante é calor que se dissipa.

É certo que hoje já é comum também o uso da lâmpada fluorescente, que desperdiça pelo menos três vezes menos energia e não esquenta, além de garantir um tempo de uso bem superior. Mas, para acender, ela depende da excitação química gerada pela corrente elétrica ao passar pelo vapor de mercúrio, perigoso metal pesado.

A propósito de lâmpadas, recordo da experiência de um amigo, intelectual ermitão que se embrenhou no interior de Gravatá, onde mora. Com garrafas PET cheias de água devidamente postas no telhado, consegue ampliar a iluminação da sua sala sem precisar acender a luz para ler na rede. Genial a alternativa se a “lâmpada” também pudesse iluminar à noite!
A lâmpada LED utiliza 87% da energia para cumprir a sua missão, que é simplesmente emitir luz.


Vejo agora que existe uma nova lâmpada, com diodo transmissor de luz e por isso chamada LED, patenteada em 2008. Ela utiliza 87% da energia para cumprir a sua missão, que é simplesmente emitir luz. Assim, parece que estamos próximos do uso menos perdulário de energia para enxergarmos melhor durante a ausência do sol.

O novo modelo ainda oferece vantagem adicional: a durabilidade. Segundo os fabricantes, no período de cinco anos de uso, enquanto 10 lâmpadas incandescentes - acesas por seis horas diárias - precisariam ser trocadas 110 vezes, as LED permanecem ativas, sem necessidade de reposição, e por mais um bom tempo.

Além disso, estudos sugerem que essas lâmpadas serão boas aliadas na diminuição das emissões de CO2 na atmosfera, sobretudo em países muito dependentes de combustível fóssil em sua matriz energética, contribuindo para a redução do efeito estufa.

Embora ainda bem mais caras que as convencionais, elas se pagam em apenas dois anos, sobrando mais uns oito como crédito para uso. Quem sabe assim as coisas fiquem mais claras para o mundo, gerando mais luz que calor. É uma alternativa dentre outras existentes.




Texto de Ricardo Braga

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